sábado, 20 de junho de 2009

Medusa

Seu o seu amor por mim
só vem à tona nas trevas,
aos olhos de anjos e demônios,
eu abro mão da luz do dia.
Das cores que dão cor à minha sina.
Fico cego por amor...
Estou cego de amor!
Só lhe peço, por favor,
Para me estender a sua mão
e me guiar pelos infernos de Dante.
Porque de agora em diante,
o que me alerta são meus poros.
E a aquarela da minha vida
é responsabilidde dos seus olhos.

Rafael Soal.

Um comentário:

Igor Reyner disse...

Entre amores e serpentes,
sem cores, na escuridão,
de medo cerras os dentes

E guia-te pelas mãos.
E força encontrar caminho
Fazes de ti paixão.

E sem saber em qual ninho
Deposita, em galhos, o toque,
Pensa ser de passarinho.

Mas qual surpresa a reboque
de que o ninho em repente
esconde um bote no bosque

E faz de você mui doente,
pois pego n'amor traiçoeiro,
é picado por serpente.

Pérfida, tomou-lhe cheiro,
sabores, cores e a luz.
Fez de você prisioneiro,

Com os sentimentos nus,
transformando-o em pedra
dizendo que só fez jus.