sexta-feira, 23 de março de 2012

De 16/03 a 23/03

Passei esses últimos sete dias procurando um livro pra ler. Uma história de algum escritor fantástico que pudesse colar com minha própria vida, que anda tão, mas tão confusa...

Queria me deliciar com algum conto pronto, que me fizesse gargalhar (Luís Fernando Veríssimo), refletir (Augusto Cury), mudar de vida (Kafka), me emocionar (Kerouak). Busquei histórias de vida de pessoas que, de alguma forma, eu admiro: Lobão, Steven Tyler, Keith Richards, Paul McCartney, Mick Jagger, John Lennon. Talvez quisesse viver o que eles viveram, ou saber o que eles viveram.

Eu quis conhecimento. Eu quis escape. Eu quis uma direção. De preferência, todas de uma vez. E acho que esse foi o meu grande erro.

Estou tão confuso que qualquer livro com título chamativo e promessas de prazer me apetece. Estou tão confuso que, ontem, passei mais de uma hora dentro da livraria, com milhares de livros à disposição, e não levei nenhum. Eu não fui capaz de, em sete gigantescos dias, escolher um livro para ler.

Estou confuso. Estou perdido. Estou "só". Não "só" de gente, estou "só" de mim mesmo.

O saldo? Demorei sete dias para entender que não vou encontrar um escritor que tenha impresso o guia da minha própria vida. Isso não é responsabilidade deles. Eu nem sequer os paguei para isso. Eles nem sequer me conhecem.

Para não dizer que foi tudo em vão, termino esse texto lembrando Tim Maia: "Passei uma semana tentando reinventar minha história a partir do olhar dos outros. Perdi sete dias de vida."

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