sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Breu

Pelo deserto, vago solitário.
Só, lobo vilão.
Longe da matilha
De mamãe.

No início, só
Por exclusão.
Hoje, só
Por destino.

Ou ausência.
Falta de carne interessante,
De alma interessante.

Mas posse é para fracos.
Apego pros covardes.

Chegado o dia em que o breu
Levar de mim as cobertas e os trapos.

Pronto para a noite
Que até a solidão resolver me deixar só.

Um comentário:

Letícia Murta disse...

Que lindo, Rafa. é seu? Adorei!