Hoje farei algo diferente, e que provavelmente nunca mais repetirei, afinal estou cursando jornalismo! Se eu tivesse uma banda, o meu post seria como uma música feita de uma só vez. A letra saiu em dez minutos, as bses em 3, os solos em um.
Esse texto foi feito em algum dia de outubro, quando cheguei em casa nervoso, bravo, revoltado e cansado. Um soldado abaixando a guarda em pleno final de guerra.
Um discurso que comecei a digitar com sangue nos olhos, e terminei com lágrimas no rosto.
Nunca mais encostei nele, nem pra ler. Na verdade nunca o tinha lido por completo até hoje. Ele está completamente errado, cheio de erros gramaticais, falta de coerência e coesão. Uma explosão de raiva e angustia em forma de texto.
Mas nunca algo tão cru quis dizer o que realmente sentia em ddo momento.
Dedico este texto aos meus colegas de sala, mninha amiga de sala Mariana Gonçalves e a Ana Luíza.
Se fosse nomear cada período do curso de jornalismo, com certeza o quarto receberia o nome de “Período dos Sonhos Partidos.”
O qaurto período, lém da difícil Semiótica, veio penas para me dizer: o curso o qual você est´no meio do caminho está em crise e não é nada do que você está pensando.
Antes de estudar jornalismo, fazia publicidade. Na minha cabeça, publicidde era criar, dar asas a imaginação, promover campanhas belíssimas.
Trbalho numa assessoria de comunicação do governo desde novembro de 2007. Sim, sou concursado. E foi nessa ssessoria que vi o jornalismo uma possível profissão para talvez realizar meus sonhos loucos. E a fama de serviço público tem lá suas verdades. Não que os jornlistas com quem trbalho façam corpo mole, mas o batido da lata numa redação assim é mil vezes mais branda que no Estado de Minas. No Grande Jornal dos Minieros, você rala a qualquer hora, perde sua vida social, não tem mais feriados, nem sábdos e nem domingos, porque como dizia minha ex-chefe, a notíci nõ tem hora para acontecer. Devemos sempre estar preparados.” Tudo isso pela iguaria de pouco mis que mil reais.
Na assessoria que trablho, você escreve matérias, sim. Você entrevista, sim. Faz release, paper, ronda, nota, tudo como manda o figurino. Mas de um jeito sereno, sem tanta pressa. Você tem s´bados, domingos, e todos os feriados emenddos. Tudo isso pela bagatela de aproximadamente quatro mil reais.
Não entrei na faculdade para ser jornalista de assessoria de governo. Muito pelo contrário. Meus sonhos passam longe disso. M confesso que eles tem grande parte dos bens que eu almejo ter. Carro do ano, casa própria, casado e com filhos. Uma vida bem estruturada. Mas temo a acomodação, que ......... de lado, rol im por aquelas bandas. M de forma alguma os critico. E de forma alguma acho que aquilo não seja jornalismo.
Quando entrei na minh sla pela primeira vez em fevereiro de 2008, vi muitos meninos mais novos que eu, todos com olhos brilhando e canets reluzentes nas mãos, prontos para escrever a qualquer momento uma nota para mudar o mundo. Naquela momento, estava por demais longe de meu diploma, MS já tinh a impáfia de muitos colegas de estrada. Que dó tenho desses meninos, mal sabem eles que o mercdo que os espera lá fora não querem slvadores da pátria, e sim partidários que abracem as causas da corporação.
Por muito tempo me senti um peixe fora d’água dentro de sala, por achar que vivia há séculos o ambiente dos jornlistas. Às vezes achava até que eu deveria ser enviado logo pra o quarto período.
Pois bem, os períodos passaram e cá estou no quarto período. O período das contradições, dos desmoronamentos de sonhos, do choque de realidade, do despertar do País d Maravilhas. Meu companheiro de serviço público Rafael Lopes, em entrevista dada nossa sala, disse que foi no quarto período que ele cordou para o jornlalismo. Pois fço minhas as plavr dele. Uma professora nos diz que o jornal impresso, que minha cidde natal tem quase como um nunciador de verddes, vai acabar. E ser substituído por um plástico dobrável onde você pode baixar o jornal que quiser e depois deletá-lo. Maldita tecnmologia. Ainda vai acabar com meu prazer de sujar as mãos em uma biblioteca. Minha mãe então, que é professora de português e vê num computador um bicho de 14 cabeças, vai ficar alienada.
Minha outra professora nos indica dois livros para ler. Ricrdo Kotscho e eu xrá Noblat. O primeiro exalta a beleza das letras, de como colocá-las em ordem e criar signos capaz de derreter o mis durão dos leitores. O jornalismo dos meus sonhos. O jornalismo com o qual me inspirei para entrar na fculdade. É isso que eu quero. Mas a professora já avisa. Não pense vocês que võ fzer isso com carreira tão crua ainda. Isso é para os grandes. E infelizmente nõ me chamo Rfael Kotscho. Muito menos Rafel noblat. Sou só Rafael Soal.
O primeiro capítulo do livro de Noblat não deve ser lido por ninguém que esteja no CTI do curso de jornlalismo. Ele, jornlaista renomdo, toma o ppel de um srgento, e já de cara, deix o recdo: “só vi ler esse livro inteiro quem não se abater com meu discurso.” E prega que, se os jornlaistas nõ buscarem ser inventivos, criativos, m´gicos das palavras, acabaremos ou desiludidos com a profissão, ou na rua. É hora de mudr estudantes! Antes que ej tarde!
Ma hora, minha professora disse que não conseguiremos isso de cara. E qundo conseguirmos como diz Noblat, estremos provvelmente cnados de dar murro em ponta de faca, e vamos passar ess bndeira para a geração que chega tentar içar.
Quarto período. O semestre da contradição.
Eu não conseguiria me adaptar ao ritmo de Thís Pimentel, nem ver corpos dilacerados ou mazela humnas como Alessandra Mendes. Eu não tenho agilidade, nem prontidão para isso. Mas apesr disso, nõ me considero um estudante de jornalismo pior do que aqueles que braçam essa cusa. E ninguém me prov o contário. Parafrsendo Camelo, “Alguém se atreve a me dizer de que é feito o jornalista?
Pra dizer a verdde os verddeiros culpdos pela impáfia de nossos colegas é a própria fculdde. A todo momento eles colocam para nós que nossa profissão é como a vida de Cristo. Vi ser difícil, vi ser dura, cheia de sacrifícios, ma no final a recompens é libertadora e saborosa. Tlvez até possamos entrar n história. Para mim, o jornalimo é uma profissão. E ponto final. Simples assim.
E agora, lendo esse texto, que depois será sabatinado por meus colegas de classe e minha professora, vejo que no fundo aquele cara que entrou pel porta do primeiro período de jornalismo, ridicularizando seus companheiros por saber que achva ser mais que eles, no fundo era igual. No fundo era também um cisne cheio de ilusões e planos e que meses depois olhou para os seus e viuo seu reflexo em cada rosto familiar. Era movido a sonhos. Não queria mudar o mundo, queria mudr o seu mundo. Mas era o suficiente. E hoje se vê acuado e pressionado a engolir uma verdade talvez verddeira, mas que, pelo menos por enquanto ele ainda consegue gritar que é mentira. Que ele e todos os seus vão conseguir ser o que quiserem. Que as nuvens que ele enxerga no céu lembram balas e plhaços, e não foices e dragões.
Quarto período de jornalismo: O período d verdde nua e crua. Que ele acabe depressa. Amém!
Um comentário:
Meu Luiza não tem acento não!
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